www.sexoposto.com

www.sexoposto.com

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Vigio, por isso confio

Outro dia eu estava lendo uma revista que trazia uma matéria sobre casar e trair. Na matéria havia depoimentos de alguns famosos casados e um deles disse que conseguiu resolver o problema de ciúmes na relação não tendo segredos. “Ela tem acesso a todos os meus e-mails” . Ao ler essa declaração, fiquei imaginado que para se viver bem em uma relação as pessoas devem ter a obrigação de contar tudo para o outro?
A questão não é ter que esconder, mas ter que provar o tempo todo que a outra pessoa pode confiar, embora essa confiança seja completamente circunstancial. Só há confiança no que é visto. Então não há confiança. O que existe é um monitoramento. Eu monitoro aquilo que não confio.
         Quando é que as pessoas vão perceber que não é vigiando que se tem o que deseja? Acredito que existam pessoas em quem se pode confiar e outras que não podemos e o monitoramento não vai mudar isso. Aqueles que podemos confiar, ótimo, tudo certo. Aqueles que não merecem, ótimo também. Já sabemos que não podemos confiar. Então a escolha é nossa. Mesmo sabendo que não se pode confiar insistimos em permanecer com aquela pessoa, mas como devemos ficar de olhos bem abertos, nós vigiamos.
         As pessoas agem como se essa vigilância fosse transformá-la em honesta, mais confiável.  Queremos muito poder confiar naquele com o qual dividimos a cama, as contas, a casa, a vida. Primeiro devemos confiar em nossas escolhas, ter a consciência do que elas representam e a coragem de conviver com as consequências delas.