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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Feminismo: guerra ou conquista?


O que o feminismo faz com as pessoas? O que o capitalismo faz com as pessoas? Somos influenciáveis sim.
O capitalismo: esses dias estava conversando com meu marido e comentando que até já havia aprendido a gostar de um certo carro que está em todas as mídias, merchandesing, propagandas e que eu o achava bastante esquisitinho. 
E quem nunca foi influenciado em algo assim pela mídia?
O feminismo: tem pessoas que fazem do feminismo uma justificativa para a guerra entre os sexos.  Há uma pre-disposição em acreditar que para ser feminista deve estar contra os homens e tudo aquilo que eles fazem: quem não está contra eles é machista, ou não é feminista.
Assim como eles fazem muitas coisas que nos irritam, também fazemos bastante coisas das quais eles não gostam e nem por isso vemos homens falando o quanto somos feministas, pejorativamente, quando temos atitudes que eles discordam.
Pedimos tanto para sermos compreendidas no nosso período de TPM e eles, apesar de terem pavor desse período, não levantam bandeiras de que tudo isso é puro feminismo.
Homens não brigam pelos direitos iguais na Lei Maria da Penha, por exemplo, que só beneficia as mulheres, e não saem gritando por ai como somos FEMINISTAS por isso – e olha que tem muito homem apanhando de mulher por ai. Segundo um estudo de uma universidade paulista, nas brigas conjugais 14,6% das mulheres agridem seus maridos, contra 10,7% de agressões registradas contra mulheres. Este não é um dado retirado das delegacias, foi uma pesquisa realizada em 1.445 domicílios de 143 cidades brasileiras.
Longe de mim, pelo amor de Deus, colocar os homens na posição de vítimas. Apenas algumas considerações sobre como utilizamos o feminismo como uma arma na tentativa de agredir aquilo que nos agride.
As diferenças existem e negá-las ou usá-las como bode expiatório para difamar o sexo masculino, usando o disfarce do feminismo, não significa lutar pelos direitos iguais ou pelo fim do machismo, mas reconhecer que a luta, a briga é muito mais pessoal que moral, social ou política. Vamos lutar pelo direito de ser mulher, sem a necessidade de nos compararmos com o homem. Eu quero algo porque sou mulher, não porque o homem tem, ou então vamos passar muitos e muitos séculos ainda, correndo atrás de algo que não somos, para provar às feministas, aquilo que nem sabemos o que é. Entender as diferenças significa respeitar as individualidades.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Direitos iguais


Assistindo o programa “Qual é o seu talento?”  do canal SBT, que consiste em um concurso  de performance de pessoas anônimas. O programa está na fase semifinal, onde há algumas semanas, toda quarta-feira, seis classificados se duelam, sendo três grupos de dois e nesses grupos os concorrentes apresentam temas similares.
Na ultima quarta, numa apresentação de dança onde os concorrentes foram uma mulher que dançou samba e um casal que dançou forro do nordeste. Este incrementou sua apresentação com aquele número da “mulher boneca”, aquele que o homem faz movimentos com a mulher como se fosse uma boneca grande: joga para cima, torce, rola. Num desses movimentos ele jogou a mulher boneca no chão e pisou em cima dela. Quando os jurados foram revelar suas opiniões, um deles pediu que o dançarino deitasse no chão e a dançarina pisasse nele também, numa alusão de que como ele fez com ela, ela deveria devolver.
Isso me fez pensar que as pessoas sempre têm a tendência de travar uma disputa quando o assunto é direitos iguais entre homens e mulheres. Se ele pode, ela também pode. Se o homem tem o direito de trair porque a sociedade é machista, a mulher que é feminista também deve ter o direito de trair.
Dá-se a sensação de que não importa o que faz a mulher feliz ou o que lhe dá prazer, mas se o homem fez, ela também deve fazer, independente de sentir vontade, mas se o homem fez, ela também fará.
No lugar de direitos iguais, transparece a disputa igual. Sou adepta dos direitos iguais, ainda mais quando esse direito é usado com consciência.  Não quero fazer qualquer coisa só porque o homem fez. As atitudes dele são um problema dele. Quero fazer sexo tanto quanto o homem, mas não do mesmo jeito que o homem. Quero sair da rotina tanto quanto o homem, mas não da mesma maneira que o homem. Temos prioridades, mas não as mesmas do homem. Temos necessidades, mas também não são as mesmas do homem. Somos diferentes e queremos as mesmas coisas, mas de modo diferente. Não tem jeito certo e jeito errado. Tem jeitos.
Entrar na disputa de fazer as mesmas coisas só para provar que temos direito, vai provocar uma guerra de força por atitudes forjadas, que provocará atitudes vingativas, que por sua vez provoca a insatisfação, que por sua vez provoca o afastamento e por fim acaba o motivo que nos incentivou a ter um relacionamento e para concluir nos fará inferiores por não ter opinião própria.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Uma "tribo" de direitos


Preciso esclarecer alguns assuntos. Muitas pessoas confundem feminismo e machismo com atitudes sociais. O feminismo, um movimento político, surgiu para acabar com aquilo que é denominado machismo: violência doméstica, diferença dos direitos, a crença na inferioridade da mulher. Não houve um movimento machista. A prática de algumas atitudes, como as citadas acima, ficou conhecida como machismo. O feminismo se deu para por fim a isso. Um movimento político, que nada tem haver com cultura. O machismo sim pode ser considerado uma questão cultural.
Podemos afirmar que a maior parte do mundo hoje é feminista. Infelizmente, essa conquista não atingiu o mundo por completo, como nos países africanos, já comentado aqui em outro post, mas apesar de ainda sermos vítimas de algumas atitudes machistas, cometidas não só por homens, alcançamos grandes conquistas.
Vocês devem estar se perguntando o porquê desse meu bla bla bla. O blog http://universomulherio.blogspot.com, que trata de assuntos diversos no que diz respeito a homens e mulheres e principalmente feminismo e machismo, fez questão de me bloquear e dizer que eu não era bem vinda àquela “tribo” - é assim que sua autora trata os seus - depois de eu postar alguns comentários - e esses mesmos apagados - expondo meus estudos, pesquisas e opiniões sobre homens e mulheres.
Acredito que a discussão seja fundamental para a evolução do ser humano em todos os sentidos. A diversidade de idéias proporciona o raciocínio e a busca por confirmações ou não daquilo que está sendo proposto. O debate provoca a sede pelo conhecimento. A democracia existe para ser vivida em todos os seus níveis, inclusive para discordar de qualquer coisa.
Após tentativas frustradas de estabelecer uma discussão saudável com minha colega de blog, uma vez que valorizo muito a diversidade de idéias, pois elas me fazem cada vez mais querer sempre pesquisar e estudar para constatar ou não aquilo que acredito, resolvi então registrar aqui meu protesto por ser rejeitada, não pelo fato da ação, mas pela atitude retrógrada de barrar ou tentar calar tudo aquilo ou aquele que não corrobora com seus interesses, discordando e criticando algumas de suas idéias.
Viva a democracia e a diversidade. Só assim poderemos ter novas soluções, novas idéias, novos tempos e novos povos.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Feminisno.


O feminismo, que teve sua introdução no século XVIII na França, provocado pela confusão do sistema político e social daquele país, que acabou encorajando algumas mulheres a denunciar a sujeição em que eram mantidas. A partir daí, já no início do século XIX, muitas mulheres começaram abandonar seus lares para se empregarem como assalariadas nas indústrias e oficinas. Nos Estados Unidos e no Reino Unido, no início daquele século, foi dado início a vigorosos movimentos feministas. No Brasil o movimento teve como sua principal líder a bióloga e zoóloga Berta Lutz, que dentre várias reivindicações estavam o direito ao voto, a escolha de domicílio e ao trabalho.
Não há como negar a imensa importância deste movimento para que nós mulheres pudéssemos a começar querer ou ter direito a qualquer coisa, inclusive de se divertir em público.
Não há dúvidas que o movimento só nos trouxe benefícios e valorização. Acredito que o movimento cumpriu o que se propôs nas questões política e moral, mas tem uma coisa que nada tem haver com conquistas do sexo feminino ou feminismo, mas sim com as diferenças entre os dois sexos.
Há quem defenda que devemos dizer não a todas essas necessidades masculinas ou machistas - como preferiram chamar - dos homens que têm sua capacidade sexual e moral submetidas as conquistas por outras mulheres, grandes cargos executivos e carros caros. Não vai resolver dizer não. Esse comportamento é tipicamente masculino e não põem à prova nossa independência ou nosso valor.
Existem coisas que por mais que se façam movimentos, a não ser que a ciência encontre uma alternativa, homens têm seus jeitos peculiares para algumas coisas que nunca serão como as mulheres e vice versa. Isso não tem nada haver com feminismo ou machismo.  Isso tem haver muito mais com hormônios, que uma cultural milenar.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Cultura do machismo

 Pesquisando alguns anúncios, pude perceber que desde muito tempo, suas mensagens são bastante machistas. Felizmente podemos comprovar que hoje eles estão bem mais sutis, até pelas nossas conquistas morais e políticas, mas ainda continuam machistas.
Veja alguns textos de anúncios antigos:
 “Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas.” (Jornal das Moças, 1957)
“Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar seu carinho e provas de afeto.” (Revista Claudia, 1962)
“A desarrumação numa casa-de-banho desperta no marido a vontade de ir tomar banho fora de casa.” (Jornal das Moças, 1965)
“A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas. Nada de incomodá-lo com serviços domésticos.” (Jornal das Moças, 1959)
“Mesmo que um homem consiga divertir-se com sua namorada ou noiva, na verdade ele não irá gostar de ver que ela cedeu.” (Revista Querida, 1954)
“É fundamental manter sempre a aparência impecável diante do marido.” (Jornal das Moças, 1957)
"Quanto mais uma esposa trabalha, mais bonita ela fica!"


 "Se seu marido descobre que você usa outro café..."


 O "Chef" faz tudo, menos cozinhar! É pra isso que servem as esposas!"


Hoje os anúncios dos produtos cujo consumidor é em sua maioria o público masculino, ainda é possível perceber as mensagens com apelo sexual, o que não acontece nos anúncios cujo público seja, na maioria, feminino. 
Não há como negar que até podemos ter alcançado a igualdade nas questões moral e política, mas não há como nos igualar cientificamente. Por mais que nos emparelhamos com os homens, sempre seremos diferentes no jeito de amar, no jeito de ver o sexo oposto, no jeito de ver e lidar com os relacionamentos, no jeito de ver a vida.
Até o século passado pesquisadores acreditavam que as diferenças entre os sexos podiam ser explicadas pelo meio social que cada um era submetido. Recentes estudos biológicos comprovam que hormônios e o cérebro são responsáveis por nossas atitudes.
Há quem diga que o machismo deveria ser um crime assim como o racismo. Também concordo, mas não devemos confundir machismo com algumas atitudes masculinas como, por exemplo, a necessidade que os homens têm de provar sua virilidade conquistando outras mulheres. Não que eu defenda ou recrimine tal necessidade. É apenas uma constatação não é porque os homens não nos amam da maneira que nós mulheres os amamos, que significa que eles não nos amem. É só um jeito diferente.
Essa é uma das tantas atitudes que são decorrentes da cultura, da estrutura cerebral e dos hormônios masculino que nada tem haver com a crença na inferioridade da mulher, que é o machismo.
Somos diferentes dos homens sim, mas não inferiores. Sentimos diferentes, buscamos coisas diferentes, amamos diferente.
Então eu volto afirmar: não podemos  comparar ou igualar nossas atitudes com atitudes masculinas. Não podemos esperar ou cobrar que os homens ajam ou tratem do relacionamento como nós. Não é machismo reconhecer as diferenças e as necessidades de cada um. Elas são reais, gostemos ou não. Não cabe a nós impor nosso feminismo para tentar derrubar isso, ou fazer greve, ou ficar trocando de companheiro. Para o nosso bem, se quisermos ter um relacionamento sem stress ou chateações com o sexo masculino, o melhor a fazer é entender que todas essas coisas não nos fazem ser submissas ou inferiores a eles e nem eles  melhores ou superiores a nós, mas apenas diferente.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O que querem as mulheres?


Estréia hoje na TV Globo, mais uma de suas grandes produções: Afinal, o que querem as mulheres?
Andre Newmann, jornalista e psicólogo, interpretado por Michel Melamed, se predispôs tentar responder o que nem Freud conseguiu decifrar.
A série vai contar a travessia de um homem em relação aos seus objetos de desejo, ao amor, aos afetos e a uma espécie de visão do feminino que parece o devorar sempre.
O que querem as mulheres? Minha filha me perguntou e eu não soube responder em uma palavra só e, com certa preguiça, respondi: Tantas coisas...
O autor da série, depois de muitas entrevistas, selecionou alguns temas mais citados pelas pesquisadas como: amor, sexo, homem, profissão, família, desejo dinheiro, liberdade, príncipe, atenção e muitos outros. Não é que seja difícil definir o que querem as mulheres. É que são muitas coisas. Ao contrário dos homens que querem basicamente três: sexo, amor e apoio.
Dependendo do dia queremos mais amor ou atenção, outro dia queremos sexo, no outro queremos ficar sozinhas, no outro reclamamos porque nos deixaram sozinhas. Assumo que é realmente difícil nos compreender, assim com é fácil perceber que nossas expectativas em relação aos homens é que nos frustram.
“Enquanto homens olham, enxergam ou veem, mulheres, ao menos em parte, olham o que enxergam quando veem”.
Nós mulheres enxergamos o que desejamos. Não queremos muito ver. Isso pode ser frustrante, não pelo que vemos, mas pelo que fantasiamos. Muitas de nós preferem enxergar que ver. E depois ainda temos a coragem de dizer: ele não era assim.


sábado, 6 de novembro de 2010

Trecho do livro "O outro lado do sexoposto" - título provisório - que será lançado no ínicio de 2011.


Homens são muito mais simples que nós mulheres . Se eles gostam de uma coisa, dificilmente vão mudar e sempre vão gostar daquilo, daquele jeito. Nós não. Hoje gostamos disso assado, amanhã o assado não é bom mais. Se nós pudermos dar atenção, apoio e sexo para nossos homens, eles estarão realizados.  Eles não querem nada que difere muito dessas três coisas. E sempre são muito leais, porém pouco fieis, mas acho muito forte atribuí-los o termo de traidores. Traição é sentimento. Sair numa noite, numa farra, e se permitir ter prazer nos braços de outra, não os fazem traidores, porque isso não será relevante para eles. Nenhum deles. E se for, ai sim será traição, porque ali houve sentimento. Beijos, abraços, palavras de carinho, tudo isso para o homem só tem um objetivo: o sexo. Ele vai fazer tudo para nos levar para a cama. Depois de conseguido, ele toma uma banho, vai embora como se tivesse acabado de tomar um café. Lembrar no dia seguinte? Só se o fato representar algum risco para a paz conjugal dele. Caso contrário, esqueça. Se foi o sexo mais maravilhoso que ele teve na vida, provavelmente vai tentar repetir outras vezes, mas isso está longe de virar algum sentimento. E sabe por que eles não sentem remorso? Porque na cabeça deles, eles não fizeram nada de errado. Foi só uma farra, uma aventura. Eu sei que para nós mulheres isso tem outro nome, mas é porque para nós, isso acontece de outro jeito. Não saímos por ai para beijar outro cara para nos sentir melhor e saber que temos poder de conquista e que somos “a mulher”. Mas para que brigarmos com algo que não depende da gente e que não vamos conseguir mudar? E não me venha falar que você conseguiu mudar isso no seu homem, ou que ele nunca foi assim. Isso é mentira. Você pode nunca ter sabido que ele gosta dessas escapadas e que vez ou outra pula a cerca sim. Mas todos eles, numa fase da vida, gostaram e fizeram isso. Tem uns que não é só uma fase, é uma eternidade. Se eles estão bem, se estão felizes, farão de tudo para nos sentirmos assim também. Isso não é tão ruim quanto parece. Se pensarmos que o sexo para eles é igual uma marca de café por exemplo, que mal há de comprarmos uma marca de café diferente? Eu sei que não é tão simples, mas pode ser menos complicado.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A contribuição

Quando nos questionamos se os homens são, realmente, dignos de confiança e liberdade, é só pensarmos nos animais. Por que nos animais? Só um minuto que vou explicar.
Já ouviram aquela frase “livre igual um passarinho que saiu da gaiola”? Normalmente para fazer alusão a alguém que está solteiro, livre, leve e solto.
Algumas pessoas acreditam que se dermos liberdade ao ser “macho”, eles vão sair por ai loucos, como canibais, devorando todas que verem pela frente. 
É bem verdade que alguns correm esse risco mesmo. Nunca imaginaram viver livres, sem suas mulheres cronometrando sua ida a padaria, ou vigiando pra onde ele olha quando passa uma loira linda e gostosa na sua frente e mais, nem sabem que isso é possível. Talvez, alguns levem um tempo maior para tirarem a mordaça ou a camisa de força, até perceberem que não são animais. São homens, com suas vontades, às vezes extravagantes ou extrapolantes, mas que vivem numa sociedade, muitas vezes hipócrita, mas que é importante para impor alguns modos.
Não, não estou falando dos homens das cavernas - acho que nem eles agiriam assim. Estou falando do homem moderno que a maioria das mulheres têm tanto receio de deixá-los livres, porque acreditam que seria isso que aconteceria e assim poderíamos dar por fim a existência da família e da sociedade.
Façamos um favor para nós, para eles e para todos. Vamos ensiná-los a viverem livres. Vamos permitir que eles se acostumem a viver assim. Precisamos dar uma chance, antes de concluirmos que eles, realmente, são homens não domesticáveis.

domingo, 24 de outubro de 2010

Quem engana quem?

Sem muitas opções na televisão aberta, num dia de domingo, parei em um canal que apresentava o seguinte quadro: um casal escreve uma carta para um programa, dizendo que quer participar do “vale Love”. Este quadro consiste em que cada um do casal tem uma noite sem o (a) seu (sua) companheiro (a). Eles vão para a “balada” que escolherem e tudo é filmado. Depois eles se encontram e vão assistir o que cada um fez. Até as conversas que cada um tem com as pessoas que eles encontram, são legendadas, para que não fique nenhuma dúvida em relação ao que foi conversado, para que depois, eles não possam dizer que foi dito outra coisa.
No momento que eles começam a ver o que o outro fez, iniciam-se as discussões. Cada um quer se defender mais que o outro. A mulher, como na maioria das vezes, fica mais na sua, conversa com um e outro, mas permite pouca aproximação dos pretendentes a beijá-la. Mesmo assim, quando o companheiro vê a aproximação dos homens, ou como ela dança, enfim, como ela se comporta, ele reclama. Acha que ela “deu mole” para o grandão que se aproximou, ou que dançou muito desinibida, rebolou demais e coisas do gênero.
Quando chega na vez de mostrar o vídeo dele, como na maioria das vezes, ele é sempre mais predisposto. Deixa que as mulheres se aproximem, o toquem, dança e se “esfrega” nelas. E só aconteceu até ai, porque ele sabia que estava sendo filmado. Podemos definir que ele aproveita mais da situação que a mulher, porém não o quanto ele gostaria.
A mulher assistindo tudo e lendo o que ele conversou com as mulheres que se aproximaram, não suportou e foi embora. Ela terminou com ele. Na semana seguinte eles voltaram ao programa e ele disse que ela havia terminado. Quando os dois estavam no palco, ele pediu desculpas e então fizeram as pazes. Ela voltou para ele.
Agora eu pergunto pra vocês: pra que terminar se sabe que vai voltar? Você pode dizer que é uma estratégia do programa para dar audiência e eles terminam só de “faz de conta”. Mas isso não acontece apenas em programa de televisão. Quantas vezes vemos mulheres chateadas com o que seus namorados, noivos, maridos fizeram, então terminam, eles vêem atrás, se desculpam e caem um nos braços do outro para serem felizes para sempre novamente?
“Galinha que acompanha pato, morre afogada”, “quem não aguenta bebe leite”. É feio fazer cena previsível, para provocar uma reação, mais previsível ainda, para no fim assumir: pode fazer o que quiser, você vai ter a oportunidade de se desculpar. Por que terminar, se você, ele e todo mundo sabem que vai voltar? É mais uma vez assumir: eu prefiro que me engane. Vou brigar porque você fez algo, mas vou brigar só um pouquinho, depois você pode voltar que eu te perdôo.
Então eu pergunto: quem engana quem?

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A pior traição


Vivendo e aprendendo sim. E ainda morremos sem saber. Não há afirmativa mais verdadeira. É bom aprender e muitas vezes aprendemos com quem menos esperamos. Antes de continuar o texto eu quero agradecer todos os comentários dos amigos, anônimos e desconhecidos. Realmente vocês têm me ensinado bastante. Muito obrigada. Continuando, quero contar um fato que aconteceu neste final de semana. O marido de uma colega, numa conversa em um restaurante, onde estávamos em sete pessoas, quatro homens e três mulheres, todos casados. Exceto eu, todos estavam desacompanhados dos seus respectivos pares. Como já havia mencionado em outra oportunidade, há alguns anos eu tenho me dedicado a pesquisas de relacionamento e por isso este assunto sempre é muito provocado quando estou presente. O tal marido que comentei no começo, depois de ouvir alguns comentários de outros homens sobre seus relacionamentos, ele disse sobre sua mulher: “a Gabriela está longe de participar da minha vida de verdade” (o nome Gabriela é fictício). Alguém se arrisca dizer o motivo dessa afirmação? Ao contrário do que pode parecer, ele não estava falando de mulheres. Estava falando de coisas que ele gosta e a esposa se incomoda que ele faça e por isso ele esconde. Como por exemplo, tomar uma cerveja num bar sozinho ou com alguns amigos. Sair com os colegas numa noite que viajou a trabalho. Ir numa despedida de solteiro do colega da empresa. Segundo ele, o fato de ela se incomodar com coisas tão simples o faz ter vontade de outras coisas, como sair com outras mulheres.  
Ele não é o único a ter esse tipo de reação. Todos os homens da mesa concordaram e se solidarizaram com ele.
Infelizmente coisas acontecem com ou sem a nossa aprovação. Não é porque não aprovamos algo que nosso companheiro deixará de fazê-lo. Ele simplesmente não vai contar que o fez. A maioria dos homens não é nem de longe, aquilo que apresentam ser na frente das suas mulheres. Prendê-los não vai freá-los ou torná-los mais fiéis. Nunca, homens precisaram da permissão de suas mulheres para traí-las, embora o faça em sentimento, que é a verdadeira traição.
A vida muda, as pessoas mudam e graças a essas mudanças, não podemos fingir que coisas não acontecem. As mudanças são muitas e muito rápidas e visíveis. Não adianta fingir que apenas os homens de antigamente traíam suas mulheres porque elas eram submissas. Hoje somos independentes emocional e financeiramente, mas ainda insatisfeitas porque não temos homens que gostaríamos e continuamos sendo traídas, não apenas em atos, mas em sentimentos. Quer pior traição que essa?

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Liberdade não é libertinagem

Se usássemos este espaço aqui para falar de mulheres, alguém pode imaginar como seria descrever uma? As características são infinitas e poderíamos passar a eternidade discutindo e tentando entender o que realmente queremos. Nós do sexo feminino sabemos que somos quase eternas insatisfeitas. Um dia queremos uma coisa, outro dia queremos outra. Quando estamos na TPM então... beiramos à loucura. Somos fortes e frágeis, doces e bravas, lindas e feias, compreensivas e duras. Somos tantas coisas, que às vezes nem nós mesmas conhecemos tudo o que somos.
Qual o seu sonho, seu objetivo? Faria qualquer coisa para alcançá-lo? Se a resposta é sim, parabéns. Se a resposta for não, parabéns. Assumir uma postura, seja ela qual for, é digno de reconhecimento.
Liberdade X Libertinagem
Só para esclarecer o significado destas duas palavras: libertinagem é o uso da liberdade sem o bom senso, acabando por transformá-la em um veículo para prejudicar a si próprio ou aos outros.
Segundo um dicionário português é o modo libertino de viver. Libertino: aquele que é desregrado em sua conduta.
Liberdade segundo o dicionário português, faculdade de fazer ou de não fazer qualquer coisa, de escolher.
Homens e mulheres: liberdade não é libertinagem.
Acredito que homens e mulheres na idade adulta, em geral, têm faculdades para discernir entre estas duas palavras.  
Privar alguém de liberdade significa que este alguém não tem capacidade, em qualquer grau, de responder pelos seus atos, ou se comportar de forma aceitável.
Propor um debate de opiniões, experiências e estudos não significa apresentar verdades absolutas de qualquer tema. Até porque, verdade tem vários lados, pois depende de quem olha pra ela. Já a mentira tem que ser repetida sempre da mesma forma, para continuar existindo.
Pelo que a histórias nos mostra, as mulheres das cavernas não tinham escolha sobre com quem iam se casar ou qual profissão queriam seguir. Hoje temos estas e outras milhares de opções sobre todas as coisas que nos rodeiam. Isso é modernidade, mas viver num mundo de faz de conta não é moderno.
 Confesso que nunca tive a oportunidade de conversar com nenhuma dessas mulheres das cavernas para saber se eram felizes assim. 
Pesquiso há alguns anos homens e mulheres e vejo, na maioria dos casos, a insatisfação de ambos quando o assunto é relacionamento.
Embora nenhum homem confesse, a não ser em tom de brincadeira, para sua mulher o quanto gostaria de um “vale night”, também não é o sonho de nenhum homem ou mulher ouvir do seu (a) companheiro (a) o quanto gostaria de transar com o (a) vizinho (a) gostoso (a).
Graças a Deus ainda não chegamos à época, espero não ver isso, que o marido chega em casa e a sua mulher pergunta: “e ai amor? Vai comer uma gostosa hoje?”  ou a mulher falando para seu marido “amor ... dei pra um cara super gostoso hoje”  Alguém consegue imaginar essa situação? É melhor não né?
A questão é muito mais simples e menos pornográfica que isso: somos adultos, com faculdade de discernimento, nos amamos e nos respeitamos tanto, que somos capazes de ir e vir sem ferir ou magoar ninguém, pois a liberdade nos prepara para essa escolha.
Só é possível viver a liberdade quando a oferecemos. A liberdade não é sinônimo de orgia e depravação. A liberdade é respeito e amor. A liberdade é moderna. O moderno é felicidade. Felicidade é ter família. Família é a vida. A vida é liberdade.


quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Igualdade nas diferenças

Desde os primórdios,  os homens possuem cérebro e pensam, por incrível que pareça.
Por uma questão de sobrevivência e perpetuação da espécie, as mulheres ficavam nas cavernas cuidando dos filhos e o homem saia à caça em busca de alimentos. Os espermatozóides do homem triplicam no período em que a sua mulher está fértil. Mesmo que ele faça sexo com outra mulher neste período, esses espermatozóides ficam "guardados" esperando a oportunidade de serem "liberados" para a pessoa que, podemos assim dizer .... lhe pertença. Homens, em geral seguram bebês no colo na posição vertical, numa atitude subconsciente de empurrar a criança para o mundo, enquanto mulheres seguram bebês na posição horizontal, oferecendo-lhes proteção. Apesar de algumas diferenças parecerem bobas, é graças à sua simplicidade que podemos observar que quanto mais vivemos, mais temos a chance de desenvolvermos as mesmas vontades e as mesmas atitudes que os homens, desde que, o façamos por nosso único e somente nosso prazer. Fazer ou querer qualquer coisa, só para provar que temos os mesmos direitos deles é abdicar de nossa personalidade.
Ai como é bom sentir desejo e ser desejada por outro homem! Quero muito mais que o papai e mamãe la de casa. O fato de fazer sexo com ele ou não é uma questão totalmente mutável dependendo de cada relacionamento, ou de cada necessidade de fazer sexo pelo sexo. Outra boba questão que nos diferenciam do sexo masculino. Normalmente nos queremos sexo depois do carinho, depois das flores, depois do jantar. Eles querem sexo pelo sexo. Selvagens? Não. Mais sexuais que a maioria das mulheres. Uma pesquisa qualitativa realizada este mês no estado de São Paulo, dez entre dez homens revelaram que sexo não é tudo, mas é 100%. Todos os participantes da pesquisa eram casados e demonstraram bastante comprometimento e responsabilidade para com a família, com a moral e com a ética, porém a pesquisa revelou que o ser pensante homem não dá importância às “comelanças” que nós mulheres imaginamos que elas dão. Portanto relaxemos, se eles não dão, porque damos nós?
A questão não é abrir um debate para avaliar quem pode o quê, ou disputar quem faz o quê, ou se ele pode, eu também posso. Proponho um debate de autoconhecimento de desejos e necessidades para quem sabe assim, tentarmos compreender as relações.

Meu marido e as outras.

Esses dias na casa de alguns amigos - eramos em quatro casais - alguém começou uma conversa sobre os homens. O que eles gostam, o que eles fazem e deixam de fazer. Quando eu comecei a falar sobre o que muitas mulheres chamam de egoísmos masculino, e que na minha opinião não é egoísmo, é apenas um jeito diferente de agir, fazer as coisas, achei que pudesse apanhar ali. Os homens no geral são muito simples. Nós sim, somos complicadas. Mudamos muito de opinião e vontade. Ora queremos uma coisa e ora queremos outra. Eles querem basicamente três coisas: atenção, apoio e sexo. Isso não vai mudar. Será sempre isso, portanto é relativamente fácil de agradá-los. Se os amamos é fácil dar atenção e apoiá-los. Quanto ao sexo é algo fácil de ser estabelecido com a pessoa amada, uma vez que estamos pré dispostas a ter prazer.
Mas o momento crítico foi quando disse que nós mulheres não deveríamos nos preocupar ou nos chatear quando eles querem fazer suas farras, com seus amigos, nas casas  noturnas por ai a fora. Deixá-los a vontade para que eles escolham voltar para casa e para nós. Algumas das esposas disseram: "meu marido não gosta de ir nesses lugares, e nem quer mais sair sozinho". Ai eu perguntei: você o deixaria ir? Mais que depressa elas olharam para seus respectivos maridos e como num coral disseram: "Você não vai. Eu não deixo você ir". Eles todos ficaram quietos, nenhum deles mencionou nenhuma palavra. Afinal não estavam ali para criar um constragimento ou uma indisposição com a esposa. E elas dizendo que eu era louca, que até respeitavam meu jeito de pensar, mas eu não poderia generalizar, porque nem todos  os homens gostam desse tipo de farra. Eu concordei com elas, nem todos gostam mesmo. Porém todos têm algo em comum: gostam de sexo e mesmo amando sua companheira, desejam fazer sexo com outra pessoa, em algum momento da vida. Eles não nos amam menos por isso. Mas podem nos amar muito mais por isso.
Dias depois encontramos um dos homens que la estava no dia daquela discussão. Ele confessou que dias depois, falou com alguns dos homens que estavam la, na discussão e todos concordavam com o que eu havia dito, mas que é muito complicado para as mulheres compreenderem isso. E que tudo aquilo era a mais pura verdade. Homens devem ter opção de escolha para optar voltar para casa. Não devemos tentar esconder nossos homens de outras mulheres, ou tentações. Não vamos conseguir guardá-los numa caixa para que eles vejam apenas nós, a esposa. Deixe que ele fantasie outras coisas. O medo de outras mulheres, faz com que tentemos esconder uma situação que não há como evitar: o desejo deles por outras mulheres. Eles querem farra. Se tentarmos prendê-los para que eles não façam, quando eles tiverem a oportunidade, irão fazer mais que uma farra. Mas se deixamos livres para isso, a farra ficará só na farra e não passará disso. É um erro tentarmos acreditar que nossos maridos não gostam e não desejam outras mulheres. Eles gostam sim, desejam sim. A frequencia com que ele fará, será decido por nós, quando damos a ele a oportunidade da escolha. Acreditem: quando mais o deixamos, mais o prendemos.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Diferenças

No dia que descobri que os homens vêem o mundo diferente das mulheres, eu parei de sofrer. Isso não significa que homens têm jeito errado de ver. É apenas o jeito deles. O homem dificilmente trai; ele experimenta bocas e outras coisas diferentes. E isso não muda o sentimento dele em relação a mulher amada. O homem não te ama menos porque não passeia no shopping com você ou não faz compras no supermercado. Eles não são egoistas como nós mulheres pensamos. Eles têm dificuldade de perceber algo diferente daquilo que eles estão pensando, porque se concentram em uma única coisa de cada vez. O homem não discute relacionamento porque tem dificuldade de se expressar verbalmente. O homem pede desculpas nos comprando um vestido, um buquê de rosas, ou lavando a louça do jantar (qualquer umas das opções têm o mesmo efeito dependendo do estilo de vida do casal). Eles não nos fazem gozar porque não ensinamos como gostamos (as vezes nem nós mesmas sabemos). Eles não gostam das mesmas coisas que nós, porque são homens e ao menos que você mulher não queira se casar com outra mulher, estaremos sempre na eminencia de nos frustar, se continuarmos idealizando e esperando aquilo que eles não têm. E não têm, não porque não prestam ou são menos que nós. Simplesmente porque são homens. E homens são diferentes de mulheres.
Quando o feto começa a se desenvolver no útero da mãe o cérebro começa a se formar com base no sexo da criança. Por isso há coisas que não adianta tentar ignorar ou tentar mudar neles. Eles vieram programados e isso é difícil mudar. Então até me arrisco a dizer que nós mulheres sonhamos com o sexo masculino, porém com personalidade feminina.
Homens são safados, conquistadores, boêmios, vaidosos, tudo que amamos neles quando nos aproximamos e odiamos quando estamos ao lado deles. Mas ainda há tempo. Convoco às mulheres, a não apenas conhecer o lado homem do homem, mas tirar o máximo de proveito disso que só fará bem a todas que ainda não sabem aproveitar de todas as delícias do homem.