www.sexoposto.com

www.sexoposto.com

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Cultura do machismo

 Pesquisando alguns anúncios, pude perceber que desde muito tempo, suas mensagens são bastante machistas. Felizmente podemos comprovar que hoje eles estão bem mais sutis, até pelas nossas conquistas morais e políticas, mas ainda continuam machistas.
Veja alguns textos de anúncios antigos:
 “Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas.” (Jornal das Moças, 1957)
“Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar seu carinho e provas de afeto.” (Revista Claudia, 1962)
“A desarrumação numa casa-de-banho desperta no marido a vontade de ir tomar banho fora de casa.” (Jornal das Moças, 1965)
“A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas. Nada de incomodá-lo com serviços domésticos.” (Jornal das Moças, 1959)
“Mesmo que um homem consiga divertir-se com sua namorada ou noiva, na verdade ele não irá gostar de ver que ela cedeu.” (Revista Querida, 1954)
“É fundamental manter sempre a aparência impecável diante do marido.” (Jornal das Moças, 1957)
"Quanto mais uma esposa trabalha, mais bonita ela fica!"


 "Se seu marido descobre que você usa outro café..."


 O "Chef" faz tudo, menos cozinhar! É pra isso que servem as esposas!"


Hoje os anúncios dos produtos cujo consumidor é em sua maioria o público masculino, ainda é possível perceber as mensagens com apelo sexual, o que não acontece nos anúncios cujo público seja, na maioria, feminino. 
Não há como negar que até podemos ter alcançado a igualdade nas questões moral e política, mas não há como nos igualar cientificamente. Por mais que nos emparelhamos com os homens, sempre seremos diferentes no jeito de amar, no jeito de ver o sexo oposto, no jeito de ver e lidar com os relacionamentos, no jeito de ver a vida.
Até o século passado pesquisadores acreditavam que as diferenças entre os sexos podiam ser explicadas pelo meio social que cada um era submetido. Recentes estudos biológicos comprovam que hormônios e o cérebro são responsáveis por nossas atitudes.
Há quem diga que o machismo deveria ser um crime assim como o racismo. Também concordo, mas não devemos confundir machismo com algumas atitudes masculinas como, por exemplo, a necessidade que os homens têm de provar sua virilidade conquistando outras mulheres. Não que eu defenda ou recrimine tal necessidade. É apenas uma constatação não é porque os homens não nos amam da maneira que nós mulheres os amamos, que significa que eles não nos amem. É só um jeito diferente.
Essa é uma das tantas atitudes que são decorrentes da cultura, da estrutura cerebral e dos hormônios masculino que nada tem haver com a crença na inferioridade da mulher, que é o machismo.
Somos diferentes dos homens sim, mas não inferiores. Sentimos diferentes, buscamos coisas diferentes, amamos diferente.
Então eu volto afirmar: não podemos  comparar ou igualar nossas atitudes com atitudes masculinas. Não podemos esperar ou cobrar que os homens ajam ou tratem do relacionamento como nós. Não é machismo reconhecer as diferenças e as necessidades de cada um. Elas são reais, gostemos ou não. Não cabe a nós impor nosso feminismo para tentar derrubar isso, ou fazer greve, ou ficar trocando de companheiro. Para o nosso bem, se quisermos ter um relacionamento sem stress ou chateações com o sexo masculino, o melhor a fazer é entender que todas essas coisas não nos fazem ser submissas ou inferiores a eles e nem eles  melhores ou superiores a nós, mas apenas diferente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário