Pesquisando alguns anúncios, pude perceber que desde muito tempo, suas mensagens são bastante machistas. Felizmente podemos comprovar que hoje eles estão bem mais sutis, até pelas nossas conquistas morais e políticas, mas ainda continuam machistas.
Veja alguns textos de anúncios antigos:
“Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas.” (Jornal das Moças, 1957)
“Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar seu carinho e provas de afeto.” (Revista Claudia, 1962)
“A desarrumação numa casa-de-banho desperta no marido a vontade de ir tomar banho fora de casa.” (Jornal das Moças, 1965)
“A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas. Nada de incomodá-lo com serviços domésticos.” (Jornal das Moças, 1959)
“Mesmo que um homem consiga divertir-se com sua namorada ou noiva, na verdade ele não irá gostar de ver que ela cedeu.” (Revista Querida, 1954)
“É fundamental manter sempre a aparência impecável diante do marido.” (Jornal das Moças, 1957)
"Quanto mais uma esposa trabalha, mais bonita ela fica!"
"Se seu marido descobre que você usa outro café..."
O "Chef" faz tudo, menos cozinhar! É pra isso que servem as esposas!"
Hoje os anúncios dos produtos cujo consumidor é em sua maioria o público masculino, ainda é possível perceber as mensagens com apelo sexual, o que não acontece nos anúncios cujo público seja, na maioria, feminino.
Não há como negar que até podemos ter alcançado a igualdade nas questões moral e política, mas não há como nos igualar cientificamente. Por mais que nos emparelhamos com os homens, sempre seremos diferentes no jeito de amar, no jeito de ver o sexo oposto, no jeito de ver e lidar com os relacionamentos, no jeito de ver a vida.
Até o século passado pesquisadores acreditavam que as diferenças entre os sexos podiam ser explicadas pelo meio social que cada um era submetido. Recentes estudos biológicos comprovam que hormônios e o cérebro são responsáveis por nossas atitudes.
Há quem diga que o machismo deveria ser um crime assim como o racismo. Também concordo, mas não devemos confundir machismo com algumas atitudes masculinas como, por exemplo, a necessidade que os homens têm de provar sua virilidade conquistando outras mulheres. Não que eu defenda ou recrimine tal necessidade. É apenas uma constatação não é porque os homens não nos amam da maneira que nós mulheres os amamos, que significa que eles não nos amem. É só um jeito diferente.
Essa é uma das tantas atitudes que são decorrentes da cultura, da estrutura cerebral e dos hormônios masculino que nada tem haver com a crença na inferioridade da mulher, que é o machismo.
Somos diferentes dos homens sim, mas não inferiores. Sentimos diferentes, buscamos coisas diferentes, amamos diferente.
Então eu volto afirmar: não podemos comparar ou igualar nossas atitudes com atitudes masculinas. Não podemos esperar ou cobrar que os homens ajam ou tratem do relacionamento como nós. Não é machismo reconhecer as diferenças e as necessidades de cada um. Elas são reais, gostemos ou não. Não cabe a nós impor nosso feminismo para tentar derrubar isso, ou fazer greve, ou ficar trocando de companheiro. Para o nosso bem, se quisermos ter um relacionamento sem stress ou chateações com o sexo masculino, o melhor a fazer é entender que todas essas coisas não nos fazem ser submissas ou inferiores a eles e nem eles melhores ou superiores a nós, mas apenas diferente.
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